sexta-feira, 4 de julho de 2014

outra sugestão para a garotada:

Coleção Para Gostar de Ler Júnior - Se Eu Fosse Aquilo

Além de mendigos coçando a orelha com palito de fósforo, mulher barbuda e simpática, pulga que gosta de arte moderna, família de morcegos no cinema... este livro fala de crianças de rua, analfabetismo, poluição...

Temas provocantes e às vezes sérios, personagens curiosos e muitas vezes engraçados desfilam pelos contos, poemas, anedotas, mitos e ilustrações de Ricardo Azevedo, que, como ele mesmo diz, mostram como a vida pode ser uma coisa rica, complicada, inesperada, interessante, meio louca, bonita, espantosa e cheia de surpresa.

Também já li para meus alunos, foi um sucesso!

Fonte: http://livrariaupstage.com/literatura-infantojuvenil/cole-o-para-gostar-de-ler-j-nior-se-eu-fosse-aquilo.html#productDescription
A cor da fome


Sugestão para trabalhar com crianças de 5º ano. Oferece muitos temas para conversas produtivas!

Sinopse - A cor da fome - Jonas Ribeiro

A cor da fome é uma história -infelizmente -mais verdadeira do que gostaríamos.Jonas Ribeiro expõe esse problema trágico, de maneira poética e repleta de desejo de superação.A vida ganha essa batalha.André Neves com seus recortes de listas telefônicas nos remete-como o texto o faz - ao comum,àquilo que está à nossa volta e que, por vezes, tentamos não ver.Encarar, como neste livro, esse assunto de frente e sem máscaras é um grande passo para podermos mudá-lo com ações. 
fonte:( http://www.skoob.com.br/livro/165100-a_cor_da_fome)

domingo, 29 de junho de 2014

Trecho de uma publicação interessante....sugiro a leitura do artigo de  J.R. Guzzo .

A importância dos livros e os analfabetos voluntários

Sou suspeito para falar, mas falo mesmo assim: a leitura é uma das melhores coisas do mundo! Entrar em contato com as mentes mais brilhantes que já existiram, participar desta grande “conversação” contínua, entre gerações, entre diferentes épocas e culturas, isso não tem preço. Beber dessa fonte de conhecimento, de um estoque de séculos de acúmulo de informação, expressão e sentimentos humanos, isso costuma ser algo transformador na vida de uma pessoa.
Falo isso após ler a coluna de J.R. Guzzo na Veja desta semana, sobre os “analfabetos voluntários”. Em tom de desabafo, Guzzo lamenta a grande quantidade de gente que pode, mas não lê, por falta de interesse. E diz que essa turma não difere daquela outra, de analfabetos que simplesmente não podem ler, pois não sabem. De fato, foi Mario Quintana quem disse: “Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem”.
Guzzo pensa que as tecnologias modernas podem ter facilitado bastante o contado e o acesso à informação, mas nem por isso fizeram a comunicação avançar, a escrita evoluir, as pessoas lerem mais. Ao contrário: hoje tudo seria resumido, cortado, apressado, para caber em 140 caracteres.
Não sei se sou tão pessimista assim, e penso também na quantidade enorme de coisas profundas que pensadores como Nietzsche e Karl Kraus disseram em poucas frases; mas acho o alerta válido, pois sem dúvida o risco de banalização existe. Segue um trecho do artigo:
Guzzo
Lamento profundamente aqueles que escolhem o analfabetismo cultural, que fogem dos livros como o Diabo foge da cruz.

Fonte:( Coluna Rodrigo Constantino/ http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/cultura/a-importancia-dos-livros-e-os-analfabetos-voluntarios/)


terça-feira, 17 de junho de 2014

 DEPOIMENTO:

   Durante minha trajetória como professora por vinte e três anos, trabalhando com crianças de cinco a doze anos, sempre considerei fundamental a leitura para o desenvolvimento total da criança; assim sendo, procuro estimular o gosto pela leitura e desenvolver esse hábito desde cedo.
   Pela observação do comportamento leitor de muitas crianças em salas de aula, bibliotecas e ambientes familiares, constatei que refletem o modelo dos adultos com os quais convivem. Por entrevistas informais constatei que as crianças são atraídas, num primeiro momento,  pelo projeto gráfico dos livros.     Esses fatores levaram a escolha do tema a ser estudado.
Costumo oferecer a meus alunos diversos livros, de gêneros variados, em bibliotecas volantes, que são caixas disponíveis em sala de aula o tempo todo. As crianças podem ler ao terminarem suas atividades, no recreio ou durante algum momento livre e podem levar para casa. A seleção do que irão ler é feita por eles mesmos e não há atividades pedagógicas relacionadas a esses livros. Nas escolas onde há biblioteca, os próprios alunos também fazem a seleção pessoal.
    Ao observar as escolhas feitas fui percebendo que alguns livros nunca eram selecionados. Comecei a questionar as crianças o motivo disso e obtive respostas como: “Esse livro é chato.” “Esse livro não tem graça”. “Esse livro é feio.” Entre outras, mesmo sem terem noção do conteúdo.
Baseada no dito popular “Não devemos julgar um livro pela capa”, escolho esses livros desprezados pelas crianças para ler para elas. Percebo a surpresa ao final da leitura quando gostam da história e passam a seleciona-los posteriormente; porém apenas aqueles que li; os que não leio continuam sendo desprezados.
    Assim comecei a questionar minhas atitudes. Qual a necessidade de ler os livros pouco atrativos se as crianças continuam escolhendo o livro pela capa? Passei a perguntar a adultos leitores sobre como faziam suas escolhas de livros, já que o que me atrai num primeiro momento, o que me leva a pegar um deles numa livraria, por exemplo, se não sei nada sobre ele ou seu autor, é o design (capa, imagem, cor e título) somente, então, leio a resenha, para a decisão final de ler ou descartar tal título. Descobri vários adultos agindo dessa forma, que não se importam com ilustrações internas; mas para a criança no início da alfabetização e antes disso, uma das primeiras leituras do livro é a da imagem da capa, que funciona como um convite ou um repelente do mesmo.

Claudia Luzia